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Cedeba realiza 8⁰ Acrovida no  Dia de Conscientização da Acromegalia

Caso a acromegalia  não seja tratada, há risco de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e doença cardíaca, apnéia do sono. Síndrome  do túnel do carpo, artrite  e  pólipos  intestinais  que  podem se  tornar câncer de intestino( se não tratados)

Cláudio Leite-Galego
Por: Cláudio Leite-Galego
30/10/2024 às 15h11
Cedeba realiza 8⁰ Acrovida no  Dia de Conscientização da Acromegalia

 

 

Na próxima sexta-feira (1⁰  de novembro), o Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (CEDEBA) realiza o 8⁰ Acrovida - Encontro de Pessoas com Acromegalia e Gigantismo. Serão realizadas diversas atividades das 8 às 12h15. O evento, uma parceria com a Associação Bahiana de Medicina (ABM) começa, a partir das 7h45, com a mobilização do público que transita no estacionamento do Centro de Atenção à Saúde (CAS) com distribuição  de material informativo e esclarecimentos sobre a Acromegalia, doença rara que registra 3,3 casos por milhão/ano, provocada por tumor benigno da hipófise (adenoma), decorrente da produção exagerada do hormônio do crescimento GH e pode acontecer em qualquer idade,como explica a líder do ambulatório de Neuroendocrinologia do Cedeba, endocrinologista Flavia Resedá.

 

As atividades do 8⁰ Acrovida marcam o Dia de Conscientização da Acromegalia. Serão realizadas  diversas atividades: caminhada com os pacientes, yoga e meditação,dança circular  com pacientes e equipe do  ambulatório. Segundo Flávia  Resedá, é muito  importante  prestar  atenção aos sinais   iniciais da acromegalia: aumento do nariz, orelha, pés e mãos. Pode haver ainda- acrescentou - espessamento da pele e suor excessivo, aumento da oleosidade da pele e de pelos. O ronco também pode ser um sinal de alerta. Quando a acromegalia se manifesta em pessoas jovens, se não houver tratamento, elas crescem exageradamente – gigantismo – atingindo altura de até 2,18 metros, situação que torna a rotina mais difícil, Por isso, segundo observou Flavia Resedá, os pais devem ficar atentos, ao perceberem que o crescimento da criança está sendo exagerado.

 

O gigantismo dificulta a realização de tarefas simples como entrar num carro ou andar de ônibus. Os pacientes tendem a apresentar problemas na coluna pela inadequação dos móveis que os obrigam a sentar numa postura que leva a dores ósseas e articulares. Como a acromegalia provoca o crescimento das extremidades, o acompanhamento com o cirurgião buco maxilo também é muito importante. Há casos em que há necessidade da cirurgia para redução da mandíbula. Quando a oclusão não é satisfatória, pode interferir na digestão.

 

Caso a acromegalia  não seja tratada, há risco de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e doença cardíaca, apnéia do sono. Síndrome  do túnel do carpo, artrite  e  pólipos  intestinais  que  podem se  tornar câncer de intestino( se não tratados)

 

CEDEBA, REFERÊNCIA PARA O TRATAMENTO:

 

Na Bahia, o Cedeba, unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) é referência para o tratamento da acromegalia e gigantismo, com atendimento multidisciplinar e dispensação do medicamento de alto custo, usado para tratamento da doença, fornecido pelo Governo Federal.

 

O Cedeba realiza periodicamente encontros com os pacientes, que são acompanhados na unidade, onde além de informações sobre a doença, também são enfocados os direitos do grupo. Os pacientes têm assistência médica, psicológica e serviço social.

 

Caso o paciente com acromegalia não seja tratado, a morte passa a ser duas a quatro vezes maior que na população em geral, segundo a endocrinologista, Flávia Resedá. Como a hipófise é o centro do controle da produção dos hormônios – explica – o aumento excessivo do GH contribui inclusive para o diabetes. Entre os distúrbios associados à doença estão: também, fraqueza, dor de cabeça, alteração visual, depressão e alteração de humor.

 

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