Nomes de peso das ciências humanas se reuniram no ‘Colóquio Canudos: o massacre de Belo Monte’, evento que também celebrou o lançamento do livro ‘Como se faz um deserto? Semiosferas do Bioma Caatinga’, de Lícia Soares de Souza. A obra propõe uma leitura profunda do sertão como semiosfera simbólica e reacende o debate sobre o apagamento histórico da experiência de Belo Monte e sua atualidade. No prefácio, Taurino Araújo enfatiza que “o trabalho é uma jornada arquetípica entre juazeiros, mulungus, umbuzeiros, cajueiros, mandacarus e juremas para mergulharmos fundo nas raízes da Civilização Brasileira à luz pioneira da autora e de Euclides da Cunha”.
Jurista e escritor baiano Taurino Araújo
A mesa do colóquio contou com a presença de Aleilton Fonseca, presidente da Academia de Letras da Bahia, Juan Ignacio Azpeitia e a própria autora, numa conversa potente sobre literatura, ecologia, colonialismo e justiça histórica.
Lícia Soares de Souza (ao centro) em tarde de autógrafos (Fotos: redes sociais, reprodução)
Ao revisitar Canudos a partir da semiótica, da etnografia e da crítica cultural, o encontro provocou reflexões urgentes sobre o papel da cultura na reconstrução da memória nacional e no enfrentamento das desigualdades que atravessam o Brasil.
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