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Após decisão judicial, Bruno Reis cobra fim de greve: “Demos um reajuste além do que era possível”

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Cláudio Leite-Galego
Por: Cláudio Leite-Galego
09/06/2025 às 18h40
Após decisão judicial, Bruno Reis cobra fim de greve: “Demos um reajuste além do que era possível”

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, comentou nesta segunda-feira (9) a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que aumentou de R$ 10 mil para R$ 100 mil a multa diária contra Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) por manter a greve. O TJ também autorizou o desconto dos dias parados e reafirmou a ilegalidade da paralisação.

"O Tribunal de Justiça, em relação aos sindicatos, ampliou a multa de R$ 10 mil para R$ 100 mil por dia, determinando descontos das contribuições sindicais, ou seja, reafirmando a ilegalidade da greve", disse Bruno Reis.

O prefeito voltou a defender o reajuste salarial concedido aos servidores. "Nós demos um reajuste além do que era possível. Então, para todos os servidores, 4,83%. Para os servidores da educação, de 6,27% a 9%. E agora que a gente já rodou a folha do mês de junho, inclusive, como aumentou o vencimento da categoria, tem casos de servidores que estão chegando até quase 18% de reajuste", completou.

Bruno ainda classificou os percentuais como “expressivos”, sobretudo diante do cenário econômico nacional: "É um valor expressivo, significativo, ainda mais no ano de dificuldade. Vocês estão vendo aí a discussão toda que o Brasil está enfrentando de corte de gastos públicos, a economia patinando, a taxa Selic aumenta de 14,75%. Se de um lado há uma pressão grande pela dificuldade que os servidores estão passando, eu entendo isso, está ocorrendo no Brasil todo. Em São Paulo foram dois meses de greve, Brasília está lá em greve, Recife entrou em greve semana passada. A gente entende a dificuldade das pessoas por conta da situação que o país está vivendo, mas a gente também compromete a situação da Prefeitura".

O prefeito destacou que, apesar da crise fiscal, a gestão buscou conceder o maior reajuste possível. "Quando a gente vê as nossas receitas, principalmente as transferências obrigatórias da União e do Estado, não há um aumento real em relação ao ano passado. Então, efetivamente, isso dificulta nós, gestores, em ter ainda maior dificuldade para gerenciar nossas cidades", afirmou. "Tenho certeza que, como eu disse e reafirmo aqui, o nosso reajuste foi o maior de todos. Pedi até vocês que pesquisassem. Entre outras capitais, nenhuma deu um reajuste maior do que o que nós estamos dando, mesmo com as limitações orçamentárias e financeiras", reforçou.

Ao final, Bruno Reis fez um apelo aos grevistas. "A gente faz um apelo, aproveita a oportunidade para pedir para que eles possam voltar e a gente seguir discutindo melhorias para o futuro, mais benefícios, mais vantagens para reconhecer todos".

 

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