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Vereadora de Salvador Marta Rodrigues, Irmã do Governador da Bahia defende criação do ‘Dia da Prostituta’

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Cláudio Leite-Galego
Por: Cláudio Leite-Galego
29/05/2025 às 13h21
Vereadora de Salvador Marta Rodrigues, Irmã do Governador da Bahia defende criação do ‘Dia da Prostituta’
Foto: Bruno Leite / Bahia Notícias

A vereadora Marta Rodrigues (PT) defende a criação do “Dia da Prostituta”, após projeto de lei na Câmara Municipal de Salvador, que prevê a inclusão da data no calendário oficial da cidade, ter sido trazido à tona novamente. Segundo a petista, a proposta existe desde 2002, quando o Ministério do Trabalho reconheceu a profissão de profissionais do sexo. O assunto ressurgiu após críticas do deputado estadual Diego Castro (PL) na última quarta-feira (28).

“Para você ver a capacidade de requentar pautas quando não se tem assunto. A Associação das Profissionais do Sexo da Bahia (Aprosba) é formada por diversas mulheres comprometidas e aguerridas que nos procuraram em 2021. Nós fizemos um bom debate. É preciso realizar uma audiência antes de protocolar um projeto para criar o dia, e cumprimos todo esse trâmite. Em 2022, protocolamos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ele não saiu de lá. É isso que nós sempre pedimos, porque, como muitas delas dizem, não estão na profissão por querer, mas porque foi a condição que encontraram”, rebate Marta, durante a assinatura dos decretos que regulamentam os programas “CNH da Gente” e “CNH na Escola”, nesta quinta-feira (29).

O tema voltou a gerar discussão na política baiana após Diego Castro publicar no Instagram: “Mais uma vergonha do PT. Enquanto a cidade enfrenta tantos desafios reais, a prioridade da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) é criar o ‘Dia da Prostituta’. A vereadora Marta Rodrigues, irmã do governador, ignora os reais problemas de Salvador e debocha da população”.

Segundo a vereadora, a intenção é garantir serviços de saúde, além de escuta e respeito em todos os espaços, por meio da criação de uma data em homenagem à profissão. “Seria no dia 2 de junho, estamos pertinho, por isso o tema reacendeu. Teve um deputado, que não gosto de citar nome, com pauta conservadora que trouxe isso à tona de forma ruim, ainda em tom machista, como se eu não tivesse nenhuma história de luta”, responde.

“Sou vereadora de quarto mandato e tenho uma história nesta cidade. Acompanho todos os movimentos daqui. Quem não tem pauta recorre a esse tipo de ataque, achando que nós não estamos atentos. Este projeto não é de agora; acompanhamos todas as situações que vêm acontecendo na cidade”, acrescenta a parlamentar.

Marta questiona a necessidade de retomar o tema neste momento e ressalta a transparência da CMS. “Está tudo no portal da Câmara; é só acessar e conferir. Dialogamos de forma muito respeitosa com as profissionais, que também são mães e merecem nosso acolhimento. É isso que produzimos, no dia a dia, naquela casa: espaços de escuta e construção coletiva”, conclui.

 
 
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