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MIDR avança em negociação com Banco Mundial para investimento de US$ 500 milhões em desenvolvimento sustentável

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Cláudio Leite-Galego
Por: Cláudio Leite-Galego
09/05/2025 às 17h37
MIDR avança em negociação com Banco Mundial para investimento de US$ 500 milhões em desenvolvimento sustentável
Investimento será destinado a projetos de bioeconomia, segurança hídrica e desenvolvimento regional sustentável (Foto: Yasmin Fonseca/MIDR)

 

 

Crédito será voltado à bioeconomia, segurança hídrica e redução das desigualdades, com foco em projetos que conectam grandes empresas e agricultura familiar


Brasília (DF) - O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) está em fase avançada de negociação com o Banco Mundial para a contratação de um crédito no valor de até U$$ 500 milhões, que será destinado a projetos estruturantes voltados à bioeconomia, à segurança hídrica e à promoção de um desenvolvimento regional sustentável e inclusivo.
 

Durante reunião com a diretora de Estratégia e Operações do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Ayat Soliman, realizada na última quinta-feira (8), o MIDR apresentou uma carteira robusta de projetos com potencial para transformar a vida de milhões de brasileiros. A proposta prevê que os recursos sejam destinados aos Fundos de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), do Nordeste (FDNE) e do Centro-Oeste (FDCO), fomentando negócios de impacto social e ambiental positivo.
 

“Estamos indo para a parceria de um governo que está revisitando suas políticas públicas para responder à demanda que o presidente Lula tem dado de diminuir desigualdades, tirar o Brasil do mapa da fome, reduzir a pobreza. Seja qual for a obra, o projeto tem que estar se perguntando se está contribuindo para isso. Nós confiamos muito no trabalho de vocês”, afirmou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
 

Segurança hídrica e saneamento no centro das prioridades

Entre os projetos apresentados ao Banco Mundial, estão obras fundamentais para a segurança hídrica do país, como o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), barragens em diferentes estados e sistemas de irrigação como o Baixio do Irecê e o Jequitaí. Além disso, foi destacada a agenda de saneamento básico, com foco na universalização do acesso à água e esgoto, especialmente em áreas com grande déficit de infraestrutura, como em municípios de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia e Pará.
 

A ideia é alavancar recursos para concessões de saneamento e florestais, com projetos que envolvem recuperação de áreas degradadas, geração de empregos locais e benefícios diretos para comunidades extrativistas.
 

“A gente está discutindo a possibilidade de criar linhas de crédito voltadas para empresas que estejam integradas com o pequeno agricultor familiar. O objetivo é que esses recursos cheguem na ponta, gerando renda, inclusão e sustentabilidade”, explicou o secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais, Eduardo Tavares.
 

Bioeconomia com impacto social

Os projetos da agenda de bioeconomia apresentados ao Banco Mundial priorizam negócios que conectem empresas de médio e grande porte com comunidades tradicionais, cooperativas de produção e agricultores familiares. Um exemplo citado foram empreendimentos ligados à cadeia do açaí, que atuam com comunidades ribeirinhas e promovem práticas sustentáveis de produção e manejo dos recursos naturais.
 

“Esse crédito vai reduzir as desigualdades regionais no Brasil. Estamos falando de empresas conectadas com a sociobioeconomia, que geram trabalho, renda e oportunidades em territórios que mais precisam”, completou o secretário Eduardo.
 

Doação inédita e apoio técnico

Além do crédito, o Banco Mundial também sinalizou a possibilidade de uma doação inédita de US$ 1,5 milhão para apoiar a estruturação da operação. Esses recursos poderão ser usados para consultorias técnicas, elaboração de manuais, diagnósticos de projetos e capacitação de empresas e entes públicos.
 

“Dentro do Banco, pela primeira vez, há a possibilidade de acesso a fundos de doação. Ainda não está confirmada, mas já sinalizamos essa possibilidade para apoiar a operação de crédito”, explicou Ayat Soliman. “A doação será importante para identificar potenciais empresas, estruturar planos, fazer estudos e preparar o caminho para o uso mais eficaz dos recursos”, completou.
 

Redução de desigualdades regionais

Mais do que números e obras, a parceria entre o MIDR e o Banco Mundial tem um objetivo claro: transformar vidas. Os recursos contribuirão para levar água potável a famílias que ainda vivem sem acesso ao básico, apoiar agricultores que alimentam o país e gerar oportunidades em regiões onde o desenvolvimento ainda não chegou por inteiro.

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