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Aladilce Souza aprova criação da Delegacia de Combate ao Racismo

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Cláudio Leite-Galego
Por: Cláudio Leite-Galego
25/01/2025 às 21h40
Aladilce Souza aprova criação da Delegacia de Combate ao Racismo

Nesta terça-feira (21), no Dia Nacional e Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada da oposição na Câmara de Salvador, participou da solenidade de criação e inauguração da primeira Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa (Decrin), no Engenho Velho de Brotas.

Conforme a vereadora, “combater o racismo e a intolerância é uma missão que deve ser diária e de todos, independentemente de professar ou não uma crença religiosa”. Sobre a Decrin, constatou-se que é o resultado da luta de décadas dos movimentos antirracistas.

Aladilce parabenizou o governo estadual por entender a importância desse desafio, enaltecendo sobretudo o trabalho da Sepromi (Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais), especialmente da secretária Ângela Guimarães, para tornar esse “sonho” uma realidade.

Em Salvador, comentou: “Quase que semanalmente a gente assiste a casos de racismo e intolerância religiosa nos transportes, nas ruas, simplesmente pelo fato de pessoas estarem usando adereços ou com indumentárias próprias das religiões africanas”.

Mãe Gilda de Ogum

A vereadora lembrou que a data, oficializada em 2007, é uma homenagem a Mãe Gilda de Ogum, que morreu há 22 anos em decorrência de problemas de saúde após ter sido vítima de intolerância religiosa. “De lá para cá os índices de violência religiosa só aumentaram, o que comprova a necessidade de reforçar essa luta. Só em 2023 o Brasil registrou 176.055 processos judiciais envolvendo casos de racismo ou intolerância religiosa, segundo dados divulgados pela JusRacial, envolvendo sobretudo as religiões de matriz africana e a espiritualidade indígena”, enfatizou. 

No primeiro semestre de 2024, “comprovando que as pessoas não estão mais dispostas a aceitar caladas os crimes de intolerância religiosa”, segundo Aladilce, o Disque 100 — canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos — registrou mais de 80% de queixas em relação ao mesmo período do ano anterior. De 681 denúncias, os registros saltaram para 1.227. 

“Este é um cenário que não podemos aceitar. Neste dia dedicado ao combate a todo tipo de ódio religioso, desejo que cada vez mais isso fique no passado e que a nova Decrin seja, de fato, um avanço nessa missão que considero humanitária”, frisou.

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